quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Atriz cristã perde contrato após expressar visão bíblica sobre homossexualidade

 

Uma atriz cristã está retomando nesta quinta-feira (19) um processo contra sua demissão por causa de um post no Facebook, no qual ela compartilhava a perspectiva bíblica sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Seyi Omooba perdeu o papel principal em uma peça que estava em cartaz no Teatro Curve, em Leicester (Inglaterra) e na coprodução de 2019 do premiado musical ‘The Color Purple’, em Birmingham Hippodrome. O post no Facebook foi feito em 2014 e na publicação ela disse não acreditar que as pessoas pudessem "nascer gays".

“Não acredito que a prática homossexual seja certa”, escreveu ela.

O Teatro Curve de Leicester a dispensou do cargo, alegando que o post era "profundamente ofensivo para a comunidade LGBTQ".

Então, Omooba deu início a um processo judicial contra o teatro e seus agentes por sua demissão e garantiu o apoio de Lloyd Evans, crítico de teatro da revista
‘Spectator’, que afirmou em depoimento como testemunha.

"Não é importante para um ator concordar com os pontos de vista éticos ou os sentimentos de um personagem de uma peça. Se isso fosse necessário, a arte do drama não existiria, e muitas peças que consideramos clássicas seriam impossíveis de encenar", afirmou ele.

Mas o depoimento dele e do teólogo Dr. Martin Parsons, chamando o post no Facebook de "expressão justa e razoável das crenças cristãs", foram considerados inadmissíveis como evidência em audiências anteriores.

Omooba está contestando essa decisão no ‘Tribunal de Apelações Trabalhistas’ nesta quinta-feira.

Ela disse: "O teatro me deu a escolha: me retratar de uma declaração sobre minha fé ou perder meu emprego. Eu não poderia fazer isso, nem mesmo para salvar a carreira que amo. A agência tomou a decisão de rescindir meu contrato com base em informação falsa”.

"Enquanto continuo a buscar justiça, apelo aos tribunais para permitir que esta prova pericial seja ouvida", acrescentou

Andrea Williams, executiva-chefe do escritório de advocacia ‘Christian Legal Center’, que apóia Omooba, disse: "Esta história envia uma mensagem arrepiante aos cristãos, não apenas que trabalham no teatro, mas em toda a nossa sociedade: que se você expressa e mantém os pontos de vista bíblicos convencionais, será punido e perderá sua carreira se não renunciar imediatamente às suas crenças”.

"Estamos profundamente preocupados que as provas para um caso tão importante, que atraiu atenção e preocupação global, estejam sendo bloqueadas pelos tribunais", afirmou.

Fonte: Portal Guiame

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